segunda-feira, 27 de maio de 2013

O complexo messiânico


Jairo Salles

A historia nos mostra que há muitos séculos, pessoas são acometidas de um mal, um inconveniente e obscuro prejuízo que invade o ser e pode dar cabo a uma existência em seus próprios desígnios. Pessoas dotadas de boa vontade, mas possuídas de uma volúpia, uma satisfação íntima, excessiva e extraordinária que acabam, como dizem: “metendo os pés pelas mãos”.

Não raramente se deixam levar por sensações e saem da sombra para erguerem-se em discursos inflamados a uma causa. Nos idos tempos de nosso Senhor Jesus, muitos eram que por causa das profecias, e por ver padecer sua pátria nas mãos dos dominadores, insurgiram do nada proclamando ser o messias que havia sido anunciado pelos profetas.

Esse comportamento ainda hoje se perpetua, e infelizmente acomete a Igreja. Ao passo que a história evolui, vemos o mesmo proceder. Pessoas que pensam ter que carregar sobre os ombros o peso de ganhar a sua nação e até o mundo para Jesus, em uma ação catequizadora, muitas vezes alicerçada em sensações que afloram o desejo humano de conquistar e ser reconhecido.

A história nos mostra que essas promoções de salvação muitas vezes têm conseqüências desastrosas, pois não são baseadas no trinômio compaixão, amor e sacrifício, e sim em ações individualistas e isoladas de alguns grupos.

Cumprir o ide de Jesus (Evangelho segundo Marcos 16:15) Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” não é um mandamento, que uma pessoa possa cumprir só, e sim um comando para toda a igreja, - que naquela ocasião era basicamente os apóstolos - pois está é portadora da grande comissão de Cristo. As diferenças doutrinárias e maneiras de interpretação da palavra de Deus têm feito com que a Igreja de Jesus esteja dilacerada, fragmentada em diversas associações, assembleias, comunidades ou como queiram e convenham-se serem chamadas.

Aqueles que professam a fé em Jesus e o tem como Salvador e Senhor devem ponderar que, acima daquilo que nos tem sido mostrado tradicionalmente, a Igreja não é um prédio ou salão e nunca caberá nem sequer no maior deles, mas é sim o corpo o qual o cabeça é Cristo, o Messias, o verdadeiro Filho de Deus que a despeito de ser Deus se fez humano, que por compaixão e amor se sacrificou por nós.

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